sábado, 21 de novembro de 2009



"Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.


É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.


É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.


É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.


Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.


É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.


É possível detectá-la em pessoas pontuais.


Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.


Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém , e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer.


É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.


É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.


Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.


É elegante a gentileza, atitudes gentis falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém é muito elegante.


Dar o lugar para alguém sentar - é muito elegante - Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma - Oferecer ajuda é muito elegante. Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante.


Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.


A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura".
(Martha Medeiros)

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